O caranguejo real é o caranguejo mais impressionante do mundo, alimenta-se de outros animais e também de algas que encontra nas águas agitadas do alaska.
É um produto muito valioso só acessivel a algumas carteiras, mas muito apreciado.
A pesca do caranguejo real é uma das actividades mais perigosas do mundo, seja praticada no Alasca ou no Mar de Barens. As violentas tempestades que assolam essas áreas, bem como as águas gélidas, são, por vezes, fatais para os pescadores que se aventuram. Não surpreende, assim, que as quantias que auferem sejam tão avultadas. Cair na água, mesmo com o obrigatório fato térmico vestido, é meio caminho andado para a morte. As temperaturas, muitas vezes a roçar os zero graus (os caranguejos dão-se em águas que vão dos oito graus negativos aos quatro positivos), podem causar a morte por hipotermia em menos de cinco minutos. E resgatar alguém num mar permanentemente revolto, onde as ondas atingem seis, sete e até oito metros, é uma tarefa árdua e, muitas vezes, impossível. Mas não são apenas as temperaturas que causam baixas entre os pescadores. Para rentabilizar a faina, cada embarcação leva, no mínimo, 50 gaiolas. São aparelhos de ferro e rede, com quase dois metros de altura. Pesados e resistentes, para poderem suportar, cada qual, as cerca de uma centena de quilos de caranguejo que lá entram. Por vezes, durante o processo de recolha das gaiolas, algumas caem no tombadilho, causando ferimentos graves aos pescadores. Ainda assim, são muitos os homens que arriscam (em Vardo, cidade mais antiga do Norte da Noruega, os cerca de dois mil habitantes vivem, quase todos, da pesca). Há quem chegue a ganhar, sobretudo na faina do Alasca, cerca de 20 mil euros numa semana de faina, sujeitando-se a um trabalho onde quase não há tempo para dormir e o aconchego do estômago se faz com um pouco de café e outro tanto de vodca.
Pedro Albuquerque
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