Chimarrão
A palavra "Chimarrão" á partida transporta-nos mentalmente para restaurantes de rodízio, mas qual é a verdadeira ligação? É o que vos vou explicar de seguida.
Chimarrão na verdade é uma infusão (chá) de erva-mate, (também chamada congonha) que é consumida pelos gaúchos sendo inclusivé um dos seus simbolos e daí a ligação.
Historicamente os indígenas "Guarani" são os primeiros a usar a erva-mate, que habitavam a região definida pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai na época da chegada dos colonizadores espanhóis e os índios caingangues,que habitavam na região dos atuais estados do Rio Grande do Sul.
O chimarrão chegou a ser proibido no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerado "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções do Guairá, que, no entanto, a partir do século XVII, mudaram sua atitude para com a bebida e passaram a incentivar seu uso com o objetivo de afastar a população local do consumo de bebidas alcoólicas.
O chimarrão é montado com erva-mate moída, adicionada de água quente (sem ferver, aproximadamente 70 °C). Tem sabor amargo, dependendo da qualidade da erva-mate. A erva pronta para o uso consiste em folhas e ramos finos de Ilex paraguariensis.
Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira ou do porongo, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher (no caso do porongo) ou no de uma esfera (no caso da cuieira). Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.
O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de seis a nove milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento, em cuja extremidade inferior há um pequeno filtro do tamanho de uma moeda e, na extremidade superior, um bocal, muitas vezes executado em folhas de ouro para evitar a oxidação de metais menos nobres.
Erros a evitar
Mover a Bomba
Um erro muito comum que as pessoas cometem ao tomar chimarrão é mover a bomba. Não faça isso.
Depois de definir a posição da bomba em sua cuia, ela deve ficar lá. Movê-la vai arruinar a filtragem e pode entupir a bomba além de dexar o mate mais amargo.
Resto de erva mate na Cuia
Este é um erro comum que os iniciantes cometem e que prejudicam a qualidade do chimarrão.
“NUNCA deixe a erva-mate usada na sua cuia. Nem mesmo por um dia.”
Fazer isso quase certamente levará ao seu fim de relacionamento com a erva mate. O que não queremos que aconteça
Quando você deixa a erva usada de um dia para o outro, propiciará o aparecimento de manchas verdes e brancas decorrentes do bolor, o que fica com uma aparência nada agradável.
A melhor coisa a fazer quando você terminar com seu chimarrão é tirar toda a erva e jogar em lugar adequado e depois lavar bem a cuia deixando-a secar em um lugar ventilado.
Não limpar / armazenar a cuia corretamente
Este é o último erro desta lista e é um dos mais importantes.
Se você não estiver limpando ou armazenando sua cuia corretamente, quase sempre aparecerá manchas e fungos nela. Lembre-se de evitar o erro nº 2 também.
Já vi algures á venda a cuia e a bomba, mas imediatamente não me lembro onde mas prometo que vou estar atento e posteriormente indicarei onde é possível adquirir ou se alguém souber agradeço a dica; a erva-mate sei que há no jumbo mas também em diversas ervanárias.
Ficaram com curiosidade? Será que nos restaurantes Chimarrão nos dão a possibilidade de degustar o "Chimarrão?"....talvez... mas se realmente ficou com vontade de experimentar a oportunidade chegará.
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