204. Há polvo...e polvo...

A qualidade tem preço

 De quando em vez volto ao polvo, primeiro porque na minha opinião é um dos alimentos mais espectaculares que existe, e também porque no dia a dia vou verificando as opiniões que vou apanhando e há pormenores que não me posso cansar de referir, porque o polvo não é um alimento barato tem um custo acima da média, mas para se optar por polvo, tem mesmo que pensar-se em qualidade para não defraldar quem como eu é apaixonado pir esta iguaria.

Mas então o que define um polvo de qualidade irrepreensível para um polvo mau ou assim assim? A textura, a estrutura, o sabor, o aspecto.

Textura: Num polvo de qualidade extrema a pele está firme e o sem falhas, as ventosas estão completas e acentuadas, quando cortamos com a faca o polvo abre fendas como que rasgando, tem uma carne firme e encorpada, sentindo-se bem ao mastigar, a cor é mais clara rosada ou alaranjada. Num polvo mais fraco a pele e as ventosas separam-se do polvo, é mole demais ou rijo, a cor é mais escura, mais para o roxo ou castanho.

Estrutura: Basta comparar a estrutura morfológica do corpo do polvo para perceber imediatamente a diferença da qualidade, (comparar as duas fotos desta publicação), o polvo de Marrocos é sem sombra de dúvidas o melhor do mundo, sendo que a engorda o leva a ter estrutura robusta e textura única, (impossivel num polvo virgem).É muito fácil perceber a qualidade ao olhar para o produto servido no prato, e sinceramente acho que quem trabalha regularmente com polvo também sabe e sabe como marcar pela diferença, embora muitas vezes existam muitas deceções no que se serve por aí. O valor, o custo, o preço elevado só é argumento válido quando o valor não é justo ou o produto de má qualidade.

Sabor: As águas quentes, a abundância de mariscos e peixes pequenos na região de Marrocos são a fonte de alimentação preciosa para conferir a este polvo um sabor inconfundível que faz com que seja referenciado como o melhor polvo do mundo. Se comparármos com alguns polvos de outras origens fazendo degustação ao mesmo tempo é muito fácil entender que a diferença é abismal.

 Aspecto: Já referi na estrutura e textura que o aspecto mais robusto, mais claro, com pele e ventosas firmes são sinal de qualidade e cozedura no ponto, é horrivel apanhar polvo escuro demais, cozido demais onde se vai notando falhas de pele e de ventosas. O aspeto do polvo é importantíssimo, na zona da Galiza o polvo está quase sempre exposto nas montras já  cozido e inteiro, servindo de engodo para os potenciais clientes.


Polvo sem alma de polvo.


Como se pode comparar nos dois conjuntos de fotos em que ambas são de polvo mas que nada têm que ver uns com os outros. Claro que a qualidade tem um preço, mas até o fraco está dispendioso, e ainda pir cima defralda as expectativas.
Não concorda comigo que é preferível cobrar um pouco mais mas ter uma qualidade irrepreensível, do que ser apontado de servir baixa qualidade?

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