Erros que devem ser evitados na restauração.
A minha envolvência no mundo horeca, quer seja como fornecedor de produtos alimentares, quer seja como investigador das tendências, novidades e qualidade das matérias primas, como observador do mercado e sobretudo como consumidor, transporta-me para uma melhor capacidade de análise, mais ponderada, equilibrada, responsável e visionária.
Na minha opinião há muito que fazer em grande parte da restauração, saber cozinhar bem não chega, o acto de nos alimentarmos num restaurante vai hoje em dia muito além duma mera refeição, é sobretudo uma experiência, um momento de lazer dos nossos dias stressantes, que queremos que seja tranquilo, de descoberta, relaxado, saboroso, vistoso, surpreendente.
Como almoço todos os dias fora e como também saio para jantar quando me apetece, vou procurando variar o género de restaurantes, os diferentes tipos de comidas, o que mais procuram as pessoas, quem consegue melhores resultados e porquêm e assim vou formando a minha opinião pessoal.
"A Dinâmica", é o que primeiro chega aos olhos do cliente quando entra na porta do restaurante, neste momento os processos devem estar bem definidos previamente em função da normal afluência de clientes ao estabelecimento, pois não há nada pior que não seja deixar o cliente á seca á entrada aguardando uma indicação sobre se tem ou não mesa disponivel ou onde se deve sentar, muitas vezes acontece os funcionários ou até mesmo os gerentes circularem em stress total ignorando a chegada do cliente, este é um erro comum e a evitar.
"A qualidade", mesmo num restaurante de prato do dia e mais económico o cliente não espera comer uma refeição de má qualidade, aceita produtos mais económicos, mas continua a querer bom atendimento, boa qualidade de apresentação e empratamento, profissionalismo dos funcionários, boa textura e confeção dos alimentos. Existem muitas falhas em alguns destes pontos porque muitas vezes os empresários da restauração acham que "os clientes pagam pouco não podem exigir mais".
"A confeção", o erro mais comum de confeção que apanho é o excesso de cozedura dos alimentos, no meu passado recente em poucos dias posso destacar 3 refeições, uma de feijoada, uma de arroz de polvo e uma de massada de peixe, que chegaram ao meu prato completamente passados do ponto certo; a feijoada estava com as couves desfeitas e o feijão sem consistência por excesso de cozedura, o mesmo acontecia ao arroz que mais parecia papa de arroz ou farinha amassada de arroz, assim como se passava o mesmo com a massa, para mim excesso de cozedura é um erro grave e que acontece muitas vezes na restauração.
"A opção do empratamento", outro erro que identifico é não se optar por reduzir a quantidade de travessas ou o tipo de recipiente para levar a comida á mesa do cliente, por vezes temos uma mesa de espaço reduzido tão cheia com cesto pão, entradas, prato, travessa para iguaria principal, travessa para acompanhamento, outra para salada ou legumes...ás vezes até me sinto perdido na mesa, pense que pode reduzir esta enorme confusão ficando mais prático ao cliente e mais eficaz e barato ao restaurante que terá menos loiça para lavar e arrumar.
"Evitar visionamento de confusão", em mesa o cliente tem posição privilegiada de observação e em regra observa muitos detalhes, na restauração é perfeitamente normal que nas horas de maior aperto possa existir um pouco mais de desarrumação e até confusão, não deve é a mesma estar disponível aos olhares do cliente que pode interiolizá-la erradamente criando má imagem mental do restaurante que pode ficar como má reputação na memória do cliente e no futuro não ter em conta como opção esse restaurante, levando o estabelecimento a perder clientes.
"A qualidade e apresentação da mão de obra", bem sei que está difícil contratar pessoas para a restauração, o mundo é global os custos de vida levam muitos a sair e emigrar, os que restam disponíveis são menos e com menos experiência, por vezes mais humildes e com uma apresentação mais humilde, mas este segundo ponto resolve-se com uma farda, e a qualificação e competência resolve-se com um acompanhamento contínuo e atento do que faz o funcionário que não pode nem deve ser simplesmente atirado para a sala para o atendimento ao cliente sem ter o mínimo de experiência pois a é mau para ele, para o cliente e para a imagem e reputação do restaurante; para mim a impreparacão de funcionários é um erro recorrente que deve ser evitado, o aspeto menos cuidado pode e deve ser resolvido como disse com fardamento adequado.
"Sempre a mesma coisa", o restaurante deve mudar muito e muitas vezes a ementa, pois o cliente gosta de novidades, e cansa rapidamente de receitas muito repetitivas. Claro que há exceções e pratos que são exlibris de determinados restaurantes e esses podem e devem manter-se embora a sua apresentação possa ir sendo alterada e melhorada, mas no restante cardex ir testando, inovando, criando diferente é um fator de sucesso e evolução; por vezes mantém-se por muito tempo as mesmas opções na carta e com esse erro os clientes cansam-se e fogem.
"Menos é mais", sem dúvida que esta máxima se aplica na plenitude á restauração e por si só evita imensos erros deste sector tão exigente com clientes cada vez mais atentos, astutos e que devido ao enorme aumento da oferta também são mais nómadas e menos fiéis a um só restaurante, diminuir ou minimizar os erros é um factor de ajuda de decisão do cliente a novas visitas ao restaurante.
"Menos é mais", sem dúvida que esta máxima se aplica na plenitude á restauração e por si só evita imensos erros deste sector tão exigente com clientes cada vez mais atentos, astutos e que devido ao enorme aumento da oferta também são mais nómadas e menos fiéis a um só restaurante, diminuir ou minimizar os erros é um factor de ajuda de decisão do cliente a novas visitas ao restaurante.
Pense nisto, consiga caminhos para muitos sucessos.
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