Ora na receita mais atual do catrepe, ou uma espécie de chanfana de catrepe, a carne é cozinhada com vinho branco, com banha de porco, com colorau, cebola e ainda leva bacon ou chouriço, faz-se o que se chama de estufado directo juntando todos os ingredientes no tacho ou panela, vai ao lume a cozinhar até a carne estar cozinhada, o molho tem gordura da banha e o tom alaranjado por causa do colorau, o sabor é mais intenso por causa dos condimentos.
Na receita antiga a carne é preparada doutra forma, é colocada numa panela sem rigorosamente nada, e ferve-se água noutra panela e entretanto a carne é escaldada várias vezes até que a água saia sem a coloração do sangue, ou seja que se mantenha branca. Nesta altura pica-se cebola, alho, sal, piri-piri e toucinho de porco alentejano em fatias, coloca-se água, e cozinha-se a carne, e já no final acrescenta-se hortelã com alguma abundância o que vai conferir um sabor divinal á carne. Na receita original não leva vinho branco até porque antigamente nas aldeias só se utilizava o que havia disponível ou em abundância o que não era o caso do vinho branco na região.
Após ter provado ambas as versões, na minha opinião a receita antiga para além de mais saudável é muito mais saborosa...há mais uma dica ou outra mas o ideal é ir ao Restaurante Palmeiras na Malaguarda, Freixianda, Ourém degustar ambas e formar a sua própria opinião.
Viver e aprender...boas receitas, muitos sucessos.
#tribopedroalbuquerque
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