22. Sapateira ao natural ou com ingredientes adicionados?


 Sapateira.

A sapateira ou também conhecida como caranguejola é um marisco crustáceo da família dos cancrideos e está presente na costa rochosa da Europa. A sua dimensão pode variar entre 11 e 25 centímetros, a desova ocorre entre novembro e janeiro.

A sapateira é portanto uma iguaria muito apreciada em Portugal e há muitas ideias e receitas para preparar, eu vou dar-vos a minha opinião e dicas.


Ao Natural.

Ao natural é como eu sinceramente prefiro a sapateira, lembro que estou sempre a pensar em sapateira congelada; a forma como preparo é bastante fácil, descongelar que pode também ser por um processo natural deixando-a á temperatura ambiente dentro da embalagem até que esteja descongelada, ou como faço habitualmente e se cozer uns camarões, no fim dessa cozedura, desligo o fogão e atiro para a água quente a sapateira até que esteja  descongelada; desta forma ela absorverá o piri-piri contido na água e fica praticamente rectificada de temperos. Após a descongelação, abro a sapateira,  com um garfo misturo bem o seu recheio, retifico o piri-piri, parto as patas e corto os peitos, ponho numa travessa e está pronta para comer; nesta situação eu gosto de acompanhar com pão torrado e manteiga pura previamente derretida, pincelo o pão com a manteiga e barro com o recheio da sapateira, vou petiscando em simultâneo as patas e os peitos...


 Da sapateira fresca ou viva para a congelada a única coisa em que sinto diferença é mesmo nas patas que em congeladas são um pouco menos suculentas para muitos apreciadores esta é uma diferença que os faz valorizar mais a sapateira viva mas para mim que não sou verdadeiramente entendido nada de muito significativo , pelo que sapateira congelada na minha opinião é perfeitamente pacífico.

Como referi no início, ao natural é como prefiro comer a sapateira.


Recheio de sapateira, uma receita.

Uma maneira de preparar o molho ou pasta da sapateira que habitualmente utilizo quando estou a preparar para várias pessoas ou para por exemplo uma festa é a seguinte:

Abro a sapateira ou sapateiras e retiro-lhe o interior para uma taça; adiciono maionese, tostas picadas grosseiramente ou pão ralado, mostarda, cerveja preta de preferência mas pode ser branca, whisky, piri-piri moído, sal, picles picados, triturou tudo com a varinha mágica, retifico a espessura pretendida com mais cerveja se precisar mais líquido ou mais tostas se precisar engrossar...eu não ponho rigorosamente mais nada, mas há quem adicione ovos cosidos, coentros picados ou outros, eu como disse utilizo apenas os ingredientes que referi. No fim de preparado o patê de sapateira chamemos-lhe assim, volto a colocar no interior da carapaça, parto as patas e corto os peitos, disponho tudo numa travessa e acompanho com pão muito fresco ou tostas barrando-os com a pasta obtida.

A vantagem de prepara assim em relação a ser ao natural é sobretudo o rendimento que se aumenta consideravelmente, é igualmente bom e até é a forma mais utilizada.


É uma excelente opção para petisco, ideal para épocas festivas como a que passamos nesta quadra... Se tiver a tentação avance...se tiver dúvidas pergunte-me, terei todo o gosto em ajudar.


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