Prego
A origem do PREGO no pão segundo a história narrada no livro
VELHARIAS DE SINTRA, remonta ao final do século XIX e indica para a praia das
maçãs em Sintra; os primeiros edificadores da praia das maçãs, um deles Manuel Dias
Prego que iniciou ali um negócio de comes e bebes, uma pequena tasca onde se
serviam vinhos de colares para acompanhar finas fatias de carne, fritas ou
assadas, dentro de fatias de pão cosido em forno a lenha nas redondezas, o
negócio ía de vento em popa devido ás famosas “bifanas do prego”. O nome PREGO entrava
definitivamente no vocabulário no inicio do século XX. A primeira Pregaria
conhecida em Portugal foi o Restaurante Arco Íris que fica junto da estação de
comboios em Rio de Mouros.
O PREGO, hoje já muito popular entre nós, tem sido alvo de inúmeras
inovações e para além de existirem casas totalmente direcionadas a este
produto, há inúmeros Chefs que vão criando versões, quase todas elas
fantásticas e deliciosas, quer sejam em PREGOS no pão ou no prato, aliás a
famosa Portugália não é mais que uma casa de PREGOS no prato.
Pormenores importantes:
Para mim um bom PREGO tem de ter sempre a carne bastante
tenra, e neste caso há duas possibilidades, ou se compra carne de primeiríssima
qualidade como lombinho, vazia, coração de alcatra, etc ou se baixa um pouco na
qualidade, mas tem de cortar-se bastante fina e bater muito bem com o martelo
para que fique macia depois de preparada; para mim um PREGO deve ser sempre
frito, não acho nenhuma piada a carne assada no PREGO. Nas versões mais
tradicionais o PREGO é servido em pão tipo pão da mealhada ou até pão em fatias
do tradicional cozido em forno de lenha, atualmente já acho bastante
interessante em bolo do caco, pão d`água ou da avó, pão de alfarroba, etc… e muitas
outras que vão surgindo; um ovo estrelado ou fatias de fiambre para mim
combinam bem com um PREGO no pão ou no prato.
Eu prefiro as versões de PREGO no pão em detrimento das do
prato, embora o PREGO no prato permita ter bastante mais molho o que fará com
que nunca a carne fique seca, mas ainda assim eu prefiro no pão e neste caso
com carne de qualidade superior; os acompanhamentos que em regra geral passam
por batatas fritas de diversas formas e feitios, no caso do PREGO ser no pão
vão num cestinho ou taça, são para mim bastante mais atrativas por se manterem estaladiças,
o que não acontece sempre, quando vão no prato e que por vezes chegam moles por
estarem mergulhadas no molho, eu gosto de batatas fritas com molho, mas nunca
moles que são um desconsolo.
Já agora falando do PREGO não poderia esquecer a bifana que apesar
de já existir anteriormente se expandiu muito mais desde o ano 2000 altura em
que surgiu a doença das vacas loucas, que fez diminuir o consumo de carne de
vaca, virando-se o consumo de PREGOS para bifanas no pão e bitoques de porco no
prato.
Bem falando de PREGOS logo de manhã, acho que já sei o que
me apetece almoçar hoje…
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